Texto: Lucianna Campinhos
Cestos rústicos feitos pelas mãos dos caiçaras. Originalmente eram úteis para armazenar os peixes capturados durante as pescas. Aos poucos ganharam formas diferentes como luminárias e abajures e são muito valorizados em lojas de decoração. O que os artesãos cobram 30 reais atualmente, chega a valer dez vezes mais nas grandes redes moveleiras.
O cipó é retirado das florestas tropicais. E na Praia do Pernambuco, no Guarujá, é fácil arranjar. Mas quem disse que é simples trançá-lo? Depois de pegar na natureza, o junco tem que ser raspado para a casca ser removida. Leonel de Almeida aprendeu a arte com sêo Natoniel, há 40 anos. “Meu pai fazia tijolos em uma olaria. Foi um casal de Peruíbe, também no litoral paulista, que trabalhava com ele que ensinou”.
Numa loja simples Leonel dá vida rapidamente a objetos que chegarão mais tarde às residências de grandes condomínios do litoral.Toda a família dele vive com a renda do artesanato. Irmãos, filhos e netos trançam a natureza, garantem o sustento e mantém viva a tradição indígena.